Wednesday, August 10, 2011

Da crise orçamentária à crise econômica: a perspectiva de um trabalhador brasileiro nos EUA.

[Versão Beta]

Entre 1998 e 2001, tive contato com as idéias do Cientista Político Americano Francis Fukuyama sobre o "Fim da História", segundo esse autor, o Capitalismo e sua conjunção com a Democracia Liberal representariam a fase mais avançada do desenvolvimento histórico humano; e da quais novas de governo ou organizações econômicas não emergeriam com diferenças substanciais. Hoje, a realidade mais do que nunca vem provar o contrário. Países emergentes como o Rússia, China, Índia e Brasil tomoram posição de grande destaque no cenário global, e a crise orçamentária dos países desenvolvidos vem demostrar que muita incerteza ainda domina os tempos contemporâneos.

10 de Agosto de 2011 as bolsas de valores ao redor do mundo tentam fazer sentido do evento histórico sem precedentes que foi a redução da pontuação de crédito dos EUA. No momento a Dow Jones opera em baixa de 357 pontos para o dia, num total de 10,882 pontos. A razão principal pela diminuição na pontuação do crédito dos EUA pela Standard and Poor, foi a incapacidade do embate ideológico-partidário entre o partido democráta e o partido republicano (especialmente com sua ala representada pelo Tea Party), de promover opções para a resolução dos impasses relacionados com os níveis de gastos do governo, impostos e geração de novos recursos financeiros.

Após a implementação dos cortes tributários durante a Administração do Bush aos setores mais ricos da sociedade americana, da expansão do mandado do Medicare em termos de disponibilização de produtos médicos para os idosos (sem definição de recursos para pagamento do mesmo), da continuidade de duas Guerras (Iraque e Afganistão - e atualmente do engajamento das forças militares na Libia), e de grandes pacotes de estímulos econômicos durante a Administração Obama, os EUA expandiram imensamente sua dívida pública para a ordem de 14 trilhões de dollares (sem contar mais 80 trilhões de dollares de benefícions adquiridos ainda não pagos de programas relacionados com a previdência social, medicaid e medicare.)

Foi nesse contexto de crise orçamentaria e de gastos que o Tea Party ganhou ascendência no cenário da política americana especialmente após as eleições dos representantes do congresso que ocorreram nesse último Novembro, onde o partido republicano retomou o controle da "House of Representatives" (comparado com a Câmara dos Deputados no Brasil). Essa reaticulação da direita ocorreu após a tomada de poder pelos democrátas tanto da "House of Representatives", "Senate" e "Presidency", constituindo em um resurgência da direita conservadora.

A questão orçamentária apesar de atualmente administrável, vem causando grandes embates entre os dois principais partidos americanos. De um lado temos os republicanos, caracterizados ideologicamente com os ideais da Era Reagan (onde a ideologia de governo limitado e desregulação ganharam força), e pela ala do Tea Party, focada na luta contra a expansão dos impostos, ou da expansão do governo americano em qualquer vertente.

O Tea Party refere-se ao movimento de resistência americano contra os impostos implementados pela Gran-Bretanha durante o período de colonização. Nota-se frequentemente à referencência pelo membros dos Tea Party, dos Pais fundadores dos EUA, e pela ênfase e destaque à Constituição dos EUA. Segundo o Tea Party os princípios de Liberdade Individual e Governo Limitado caracterizados na Constituição dos EUA vem sendo sistematicamente destruídos pelas forma atual do Governo Americano caracterizado pelo Imperialismo Militar e Político ao redor do mundo, e pelo gigantismo com as operações do governo se expandem nas áreas de educação, policiamento e mais diretamente, pela ação monetária desencadeada pelo Federal Reserve Bank.

O Tea Party advoca o retorno ao "Gold Standard, onde cada valor emetido pelo FED, em termos de moeda, deveria ter o respaldo em reserva em ouro. O Gold Standard existia nos EUA até a Administração Nixon. A ideologia do Tea Party remete-se bastante a chamada Escola Autríaca de Economia, que vê o governo e os bancos centrais com suas políticas monetárias centralizadas no Fiat Money, como produtores centrais de todas as crises e bolhas econômicas.

----- Continuarei em outra hora mais oportuna. Não sou economista, e o exercício acima é apenas para praticar o desenvolvimento de uma escrita que organiza os pensamentos e idéias, das quais como imigrante, tenho sido exposto.